Depois de anos de tentativas frustradas, expectativas quebradas e memes sobre o “quarteto que nunca deu certo”, Quarteto Fantástico (2025) chega como uma das promessas mais importantes da Saga do Multiverso. A pergunta era inevitável: a Marvel finalmente acertaria sua família de super-heróis mais icônica?
A resposta, felizmente, é quase um sim. Não é um filme perfeito, mas é a versão mais equilibrada, humana e coerente do grupo que vimos nos cinemas até hoje.
Ao contrário das versões anteriores, aqui o foco principal está nas relações entre os quatro protagonistas.
Reed Richards não é apenas o cientista brilhante. Ele é um homem dividido entre salvar o mundo e cuidar da família que ele mesmo conduziu ao perigo.
Sue Storm é o coração emocional do time, com presença forte e decisiva nas soluções do grupo.
Johnny Storm traz o humor e a leveza, mas desta vez sem virar estereótipo. Há carisma, conflito e amadurecimento.
E Ben Grimm, como sempre, é o mais humano entre eles, mesmo sendo o mais distante da humanidade em aparência. Sua dor é palpável, sem melodrama, mas com verdade.
O filme funciona melhor quando é íntimo – quando os quatro tentam entender quem são agora e como continuam juntos apesar das mudanças.
Boa parte do marketing do filme girou em torno do estilo retrofuturista, meio anos 60, meio sci-fi clássico.
Isso não apenas funciona, como dá ao filme uma identidade visual marcante que finalmente separa o Quarteto de todo o resto do MCU.
As cores, figurinos e cenários têm personalidade. Não é apenas CGI brilhando na tela.
O roteiro tenta equilibrar drama familiar, aventura científica e construção de universo.
Nesse processo, o segundo ato perde força e enrola mais do que deveria.
Não chega a comprometer o filme, mas deixa a sensação de que faltou respiro.
Quarteto Fantástico (2025) é, sem dúvida, a melhor adaptação já feita do grupo.
É sensível sem ser melodramático, estiloso sem ser artificial e épico quando precisa ser.
Ainda há ajustes a fazer, especialmente na condução do vilão e no ritmo narrativo, mas o filme entrega o que mais importava:
A essência da família que arrisca tudo para permanecer junta.
Bom 