8 dez 2025, seg

A maior responsabilidade do DCU (Universo DC) de James Gunn e Peter Safran repousava nos ombros deste filme. “Superman” não tinha apenas que ser um bom filme; ele precisava ser um evento. Precisava apagar anos de inconsistência e restaurar a fé no maior ícone da cultura pop.

A boa notícia é que, segundo o consenso esmagador, James Gunn conseguiu. O filme é descrito como o “retorno triunfal da DC” e “o melhor filme do Superman em décadas”. Ele abandona o tom sombrio e depressivo do universo anterior e abraça, sem vergonha, a essência do personagem: a esperança.

O roteiro de Gunn faz uma escolha inteligente ao pular a história de origem. Encontramos um Clark Kent (David Corenswet) já estabelecido em Metrópolis, tentando conciliar sua vida de repórter no Planeta Diário com suas responsabilidades como o Homem de Aço.

O tom é o grande destaque. O filme é descrito como “otimista”, “colorido” e “desavergonhadamente orgulhoso de suas origens quadrinísticas”. Gunn consegue injetar seu humor característico, mas de forma mais contida e menos ácida do que em Guardiões da Galáxia. O foco aqui é a “gentileza e humanidade” do herói.

A trama central gira em torno do conflito de Clark com Lex Luthor (Nicholas Hoult), mas também serve para introduzir um mundo já habitado por outros heróis. Personagens como Sr. Incrível, Guy Gardner (Lanterna Verde) e Metamorfo são apresentados.

  • David Corenswet (Superman/Clark Kent): Foi amplamente elogiado. Os críticos afirmam que ele “redefine o herói com humanidade e brilho”, capturando perfeitamente a dualidade de Clark (um repórter gentil, mas não desajeitado) e a imponência do Superman, honrando o legado do personagem.
  • Rachel Brosnahan (Lois Lane): É considerada um dos pontos altos. Sua Lois é “firme, inteligente e carismática”, fugindo do papel de donzela em perigo. A química dela com Corenswet é citada como o coração do filme.
  • Nicholas Hoult (Lex Luthor): Outro grande destaque. Seu Lex é descrito como “calculista, manipulador e completamente crível”, um vilão que o público “ama odiar”. Alguns o acharam mais “impulsivo e intenso” do que as versões anteriores, mas de forma eficaz.
  • Elenco de Apoio: Dois personagens roubaram a cena para a maioria dos críticos: Krypto, o Supercão, por suas sequências divertidas e emocionantes, e Nathan Fillion como Guy Gardner, que entrega o “babaca adorável” que os fãs esperavam. Por outro lado, alguns heróis, como a Mulher-Gavião, foram considerados subdesenvolvidos, servindo mais para preparar o futuro.

No geral, o filme foi um sucesso de crítica, estabilizando com uma aprovação em torno de 82-83% no Rotten Tomatoes e uma nota de audiência ainda maior, na casa dos 95%.

No entanto, não foi uma unanimidade. As principais críticas negativas focaram em:

  • Excesso de Personagens: Alguns críticos acharam que a necessidade de introduzir tantos heróis (para o futuro filme The Authority) tornou o roteiro “confuso” ou “inchado”, tirando o foco do Superman.
  • Ritmo e Tom: Uma minoria achou o filme “bonzinho até demais” ou que o humor de Gunn não se encaixou tão bem. Houve também quem reclamasse que o Superman “apanha demais” no filme.
  • Bilheteria: Embora tenha tido uma estreia doméstica forte (mais de U$ 120 milhões nos EUA), alguns analistas apontaram que seu desempenho internacional foi um pouco “fraco” ou abaixo do esperado, embora ainda lucrativo.

“Superman” de James Gunn cumpre sua promessa. É um filme feito “de fã para fã”, que entende e celebra o que faz do Superman um personagem atemporal. É uma obra sobre esperança, que equilibra espetáculo visual com um coração genuíno.

Apesar de algumas falhas no roteiro devido ao “excesso de bagagem” para o futuro do DCU, o filme funciona perfeitamente como o que se propõe: um recomeço sólido, otimista e inspirador.

“Superman” – A Esperança Voa Alto Novamente poster Muito bom

“Superman” – A Esperança Voa Alto Novamente

4,0 / 5

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