
Uma notícia inesperada agitou o mundo do cinema e da política nesta semana: o ator norte-americano Jim Caviezel, mundialmente conhecido por seu papel como Jesus Cristo em “A Paixão de Cristo” (2004), foi confirmado como protagonista da cinebiografia do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
O filme, intitulado provisoriamente “Dark Horse” (O Azarão, em português), promete uma narrativa “heroica” da trajetória de Bolsonaro, com foco especial na campanha presidencial de 2018 e no atentado a faca sofrido por ele em Juiz de Fora (MG).
Detalhes da Produção
A produção, que já iniciou filmagens no Brasil e deve continuar nos Estados Unidos e no México, é um projeto com forte viés de direita.
- Roteiro: O texto está sendo assinado pelo ex-ator e atual deputado federal Mario Frias (PL-SP), que foi secretário de Cultura no governo Bolsonaro e é um aliado político próximo.
- Direção: A direção fica a cargo de Cyrus Nowrasteh, um cineasta americano conhecido por obras com temáticas conservadoras e religiosas.
- Elenco: Além de Caviezel, a produção já escalou atores para interpretar os filhos do ex-presidente: o mexicano Marcos Ornelas viverá Flávio, o brasileiro Sérgio Barrito será Carlos e o americano Ed Finley fará Eduardo Bolsonaro. As intérpretes de Michelle e Laura Bolsonaro ainda não foram reveladas.
- Previsão de Lançamento: A estreia do longa está prevista para 2026.
Escolha do Protagonista Gera Discussões
A escalação de Jim Caviezel para o papel principal gerou grande repercussão, não apenas pelo contraste com seu papel mais icônico, mas também por suas próprias posições políticas. O ator é publicamente conhecido por ser conservador, antivacina e por apoiar teorias conspiratórias, o que, para os produtores, se alinha ao público-alvo e à proposta do filme.
A produção adota uma perspectiva de “jornada do herói” para contar a história de Bolsonaro, o que já indica o tom que o filme terá, diferente de uma abordagem jornalística ou neutra.
